ESPAÇO DE DEVOCIONAL

Seja bem vindo!
Miss.Cacilda Barbosa Santiago

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Jessé, simplesmente Jessé...

Então disse o rei aos seus homens: Não sabeis que, hoje, caiu em Israel um príncipe e um grande homem?” (2 Samuel 3.38)
Foi assim que há aproximadamente três mil anos, Davi lamentou a morte de Abner.

O povo de Deus tem tido seus príncipes através da história.

Um deles, sobre o qual falo agora, não se vestia com trajes reais nem possuía um cetro ou uma coroa.
Era uma pessoa simples que viveu trinta e nove anos incompletos.
Viveu nesta época em que o Acre, o Brasil e o mundo passam por grandes transformações.
Há poucos anos ninguém jamais poderia supor que ele teria parte fundamental na melhoria de nossa sociedade, influenciando famílias e uma cidade inteira.
Ouso classificar esse homem como a síntese do melhor de sua geração.
Jessé, simplesmente Jessé.
Nome simples e breve, como foi sua vida.
Mas esse ‘simples’ não significa comum, mas revela uma de suas maiores virtudes – a humildade.
Impressionante como um nome pequeno conseguiu reunir tantos valores e qualidades.... E em tão pouco tempo de vida!
Isso seria um grande desafio para qualquer pessoa. E somente aqueles com uma missão especial conseguiriam realizar, como fez Jessé.
Desde cedo aprendeu a ouvir os conselhos de Deus e a orientação de seus pais... O resultado não poderia ser outro: Deus o honrou sobremaneira em tudo o que ele foi e se propôs a fazer!
Diz a sabedoria popular que só temos uma vida realizada quando plantamos uma árvore, temos um filho e escrevemos um livro. Para Jessé, não houve tempo para cumprir esta última etapa.
Porém, ele gravou dois CDs e encaminhou diversos projetos de lei, na condição de parlamentar.
Talvez esse provérbio admita alteração, não é mesmo?

Sinceramente, não conheço ninguém com tanta disposição para homenagear, reconhecer e valorizar as pessoas e o trabalho das mãos delas...
Jessé nasceu com a vocação da alegria, amizade e companheirismo...
Durante toda sua vida, por onde quer que tenha passado, plantou essas sementes, na vida familiar, eclesiástica, profissional e política...
Filho dedicado, irmão carinhoso, esposo amoroso, pai abnegado, pastor/evangelista vocacionado, homem público exemplar e cunhado-irmão.
A dor é grande. A perda é irreparável...

Mas de alguém tão especial como Jessé, que durante toda sua vida nos contagiou de alegria... já era de se esperar que sua partida prematura nos causasse tanta tristeza e lágrimas.
Jessé tinha a capacidade ímpar de ser engraçado mesmo contando piadas sem graça e inúmeras vezes repetidas, ou fazendo alguma das suas diversas imitações...
Comigo, uma das piadas mais recorrentes que costumava fazer era a de, ao me apresentar a alguém, sempre dizer que eu me orgulhava de dizer que era cunhado dele... Isso, meu amigo, sempre foi verdade e não piada.

Neste momento de despedida, tomo emprestada as palavras de Fernando Pessoa, quando disse que: “o valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”, como você, Jessé.

Jessé, meu cunhado, amigo, pastor, muito obrigado... Pelo amor e cuidado com a “Cildinha”, Lucas, Mathews e João Markos. Eles são o seu legado... Nós continuaremos a amá-los e ele saberão sempre honrar seu nome, sua história, seu exemplo.
Foi muito difícil tentar escrever sem chorar. Muito mais agora tentar ler...
A Palavra de Deus diz que até na morte o justo tem esperança.
Deus é fiel e o recompensará por todas as suas obras.

Obrigado.
 (Autor: Cláudio Barbosa - Homenagem feita em 17/08/2010)